UNIDADE EM FOCO - UEMG Divinópolis | Aplicativo socioambiental é registrado pelo INPI
08/06/2017
Aplicativo socioambiental desenvolvido pela UEMG Divinópolis recebe certificado de registro do INPI
O aplicativo permite ao cidadão denunciar ao poder público a situação de cursos d´água, como a Nascente Bela Vista
Texto: Elvis Gomes / Assessoria de Comunicação – UEMG Unidade Divinópolis
Fotos: Reprodução e arquivo da ONG Associação Nascentes Bela Vista (ANBV)
Lançado no segundo semestre do ano passado, o aplicativo Olhos D’Água, desenvolvido em parceria entre os cursos de Ciências Biológicas e Engenharia da Computação da UEMG Unidade Divinópolis, recebeu, no último dia 30 de maio, o certificado de registro do programa pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O professor Adriano Guimarães Parreira, um dos orientadores do projeto, ressaltou a importância do registro do aplicativo. “Este é o primeiro registro de um software desenvolvido pela nossa unidade. A partir de agora, a UEMG, que figura como titular e detém os direitos patrimoniais do programa, poderá transferir a tecnologia para interessados em utilizá-la. Já realizamos reuniões com o setor de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em relação à utilização desta ferramenta”, comentou.
O aplicativo
Tela principal do aplicativo Olhos D´Água
Criado com o objetivo principal de ser uma ferramenta de monitoramento da situação das nascentes de Divinópolis, encontra-se disponível para download gratuito em celulares com sistema Android e funciona da seguinte forma: quando encontra uma nascente contaminada ou em risco, por exemplo, o voluntário faz imagens daquela nascente e as envia, por meio do aplicativo e com outras informações, a um banco de dados da Associação Nascentes Bela Vista (ANBV), ONG socioambiental divinopolitana também parceira no desenvolvimento do aplicativo.
Após serem analisadas, as denúncias são encaminhadas aos órgãos responsáveis pela solução dos problemas. “Trata-se de uma ferramenta de controle social destinada à conscientização e alerta da população em relação ao problema e como alternativa de fiscalização por parte de qualquer indivíduo. Desde o lançamento do aplicativo, a população tem enviado demandas de diversas regiões da cidade”, disse Adriano, que é, também, membro da associação e leciona nos cursos de Ciências Biológicas e Enfermagem da unidade.
O biólogo Jordy Junio Nogueira Melo, que se formou na unidade no semestre passado e foi um dos idealizadores do projeto, enfatizou a importância do aplicativo: “A partir do momento em que utiliza o aplicativo, cada cidadão passa a ser um agente fiscalizador do meio ambiente. Com isso, nós estamos buscando despertar na população a importância da preservação das nossas nascentes”.
O projeto contou, ainda, com a orientação do professor Alexandre Túlio Amaral Nascimento, que lecionou no curso de Ciências Biológicas da unidade no ano passado e neste semestre está trabalhando na Unidade de Ibirité. Além de Jordy, participaram do desenvolvimento do projeto os biólogos Danielly Fernanda Silva, Rafael Antônio de Oliveira, Rayane Gonçalves Nunes e Rodrigo Alves de Almeida, também formados pela unidade no semestre passado. O desenvolvimento do aplicativo contou com o suporte do professor Jhonatan Fernando de Oliveira e do estudante João Marcos Duarte Nogueira, do curso de Engenharia da Computação da unidade.
NIT
O professor Adriano destacou, também, a importância do papel desempenhado pelo Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NIT), órgão da UEMG responsável pela proteção legal ao conhecimento desenvolvido na Universidade, em relação ao processo de obtenção do registro. “A equipe do NIT foi fundamental para a obtenção do registro do programa porque conduziu, de forma competente e ágil, todas as etapas da tramitação da solicitação junto ao INPI”, completou.
Para a coordenadora interina do NIT, Cristiane Aguiar Vieira, a obtenção do registro representa uma conquista para a área de inovação e tecnologia da UEMG. “É importante destacarmos o potencial das pesquisas desenvolvidas pela nossa Universidade para sensibilizarmos outras unidades a também realizarem a proteção da propriedade intelectual das nossas criações”, completou.
A advogada Raquel Campanharo Aguiar, coordenadora de apoio jurídico do NIT, também enfatizou que a obtenção do registro do aplicativo foi um grande passo para a valorização das pesquisas desenvolvidas por professores e estudantes da UEMG. “A concessão do registro do programa de computador é extremamente significativa porque, além de ser o primeiro passo para a posterior negociação de tal tecnologia, diz também de um avanço sobre a valorização das tecnologias desenvolvidas dentro da Universidade. É importante que os pesquisadores atentem para a necessidade de proteção das tecnologias desenvolvidas na academia”, concluiu.
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