UNIDADE EM FOCO - UEMG Escola Guignard | Público tem acesso a coleção sobre arte, exclusiva da Unidade
24/05/2017
Exemplares relacionados à produção de Guignard e de outros artistas que passaram pela escola que leva seu nome encontram-se agora reunidos e disponíveis para consulta do público geral. A iniciativa, que permite maior aproximação entre a Universidade e a comunidade, foi denominada 'Coleção Guignardiana'.
São livros, catálogos, folders, convites, slides, fotografias e outros raros materiais, alguns dos quais autografados, referentes a exposições, instalações e projetos artísticos relacionados tanto a Alberto da Veiga Guignard quanto à própria Escola, abrangendo professores e estudantes da instituição. A seção reúne mais de 500 títulos e começou a ser organizada no final do ano passado.
Com organização iniciada no final do ano passado, coleção reúne mais de 500 títulos e agora está sendo divulgada ao público
Diretor da Escola Guignard, Adriano Gomide destaca que o acervo, composto em boa parte por artigos datados como os materiais de divulgação de exposições, permite pesquisar os projetos artísticos em sua origem: “É possível ver o contexto da produção, conferir as galerias que existiam no período... Trata-se de uma verdadeira memória”. Ainda segundo ele, a importância de registrar o trabalho de estudantes, professores e egressos da Escola vem não só da relevante memória da Unidade que concebeu grandes nomes da arte brasileira, mas também da nobre caraterística de Guignard como mestre e professor, atividade que ele desempenhava com tanta dedicação quanto sua produção artística.
Bolsista da Biblioteca da Escola Guignard, Raquel Ribeiro conta que o patrimônio já tem motivado grande procura: “Tivemos aqui alunos da PUC que estavam estudando expografia do século passado, em Belo Horizonte. Vieram consultar a coleção já que a maioria dos artistas que constam nela são justamente aqui da cidade”, relata a estudante do bacharelado em artes plásticas.
Na foto, Adriano Gomide verifica de perto um dos itens da coleção, acompanhado de perto pela bolsista Raquel Ribeiro
“Turning point”
Com essa expressão (que pode ser traduzida como “momento de virada”), o diretor da Escola define a importância de Alberto da Veiga Guignard para o cenário das artes de Belo Horizonte e Minas Gerais. Segundo ele, em meados do século passado, Guignard foi dos artistas mais influentes de todo o Brasil, ao lado de nomes como Candido Portinari. Apaixonado pelas paisagens mineiras, tema recorrente em sua obra, o pintor e professor veio para a capital do estado a convite de Juscelino Kubistchek, então prefeito da cidade, comprometido com o objetivo de fundar um centro de artes antenado com as tendências internacionais. O ano era 1944, e então surgiu a Escola de Belas Artes e Artes Gráficas, futura Escola Guignard da UEMG. Celeiro que contribuiu para a difusão do Modernismo em Minas e no país, e que garantiu a formação de nomes como Amílcar de Castro, Yara Tupynambá e Maria Helena Andrés, alunos diretos do mestre Guignard.
A seguir, confira alguns dos itens disponíveis na coleção:
ESCOLA GUIGNARD
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