Falece o professor da antiga FAFILE, atual UEMG Carangola, Rogério Carelli
10/04/2017
Com informações da UEMG Carangola
Na foto, o professor Rogério exibe material sobre o prédio histórico da UEMG Unidade Carangola para o reitor da UEMG Dijon Moraes Júnior durante mostra por ocasião da inauguração do Memorial Fundação Fafile | 40 anos Fafile/Fevale
Historiador ilustre e entusiasta da causa da estadualização da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Rogério Carelli faleceu no último dia 8 de abril, aos 81 anos. O professor foi um dos fundadores do Museu e Arquivo Municipal de Carangola e sua obra é considerada referência para o estudo da Zona da Mata mineira, a exemplo de seu livro ‘Efemérides Carangolenses 1827 - 1959’, que, em mais de 600 páginas, registra centenas acontecimentos relevantes para a formação histórica da região.
O diretor da UEMG Unidade Carangola, Braz Cosenza, lamenta a morte do professor, que define como uma grande perda para Carangola e região, e diz o seguinte do colega: "Rogério Carelli, era grandioso em tudo, na estrutura corporal, no conhecimento da história regional e de Carangola, mas principalmente nas suas convicções e desejos. Tive a honra de conviver com o professor Carelli, que eu chamava de ‘mestre’, durante toda sua trajetória na antiga Fafile, hoje UEMG”.
Braz conta que Rogério foi atuante durante todo o processo de estadualização da Unidade Carangola: “Desde de 1989, quando fomos designados, junto a outros colegas, a mostrar a importância de uma universidade pública para a então assembleia da Fafile. O objetivo era informar, para que optassem em ir para a UEMG ou não, de acordo com a regras impostas pela Constituição Estadual, que tinha acabado de ser promulgada. No final deu certo, e hoje somos UEMG”.
Ainda segundo Braz, o professor Rogério conservava “o vigor de um jovem” e possuía uma das mais vastas coleções fotográficas sobre Carangola, desde a sua fundação, além de ter publicado centenas de artigos em jornais. “O professor gostava de conversar sobre tudo, amava a Fafile, a Favale e a UEMG. Quase todas as semanas, fazia uma pequena visita, transitava por todos os setores, observava as mudanças. Eu fazia questão de falar-lhe das mudanças, dos cursos novos, dos equipamentos que tinham chegado. A então UEMG de hoje era sua segunda casa. A menos de um mês comemorou seu aniversário, e como sempre fazia todos os anos, com os funcionários, alunos e colegas de sala de aula. Este ano, particularmente ele estava muito alegre, dizia ‘aqui me sinto bem’".
CARANGOLA
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