Representantes da UEMG têm reunião na ALMG para discutir contrato dos técnico-administrativos
05/04/2017
Na manhã desta terça (3/04), o reitor da UEMG, Dijon Moraes Júnior, o vice-reitor, José Eustáquio de Brito, e o pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças, Adailton Pereira, acompanhados de diretores e servidores das Unidades Acadêmicas de Carangola, Divinópolis, Ituiutaba e Passos, estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, para encontro com o deputado estadual Dirceu Ribeiro, vice-líder do Governo do Estado na Casa Legislativa. O objetivo da reunião foi a busca de solução para garantir o funcionamento das Unidades Estadualizadas diante do premente encerramento do contrato de centenas de servidores técnico-administrativos.
Em sua fala inicial, o reitor da UEMG destacou a importância do recente processo de estadualização da Universidade, elevando-a à condição de terceira maior instituição pública de ensino superior de Minas Gerais, mas lembrou que os servidores das fundações foram transferidos para a UEMG na forma de contratos administrativos por tempo determinado. Com o encerramento do vínculo neste ano, e a impossibilidade legal de que a presente equipe concorra aos novos processos de seleção simplificada, o reitor demonstrou preocupação com o futuro desses funcionários e destacou junto ao deputado o impacto negativo que isso irá causar na Universidade.
“Para a Universidade, o técnico-administrativo é como o meio de campo de um time: sem ele a bola não chega lá na frente em busca do objetivo que é o gol. Sem seu trabalho, não tem aula, não tem formatura, não tem inscrição dos estudantes, não tem vestibular. Essa função meio na Universidade é muito importante para o cumprimento da sua missão como espaço de ensino. Para que um professor tenha tranquilidade para ministrar aula, tem atrás dele o trabalho do pessoal da secretaria, biblioteca, laboratórios, atendimento e outros”, explicou Dijon Moraes Júnior.
Os diretores das Unidades Acadêmicas presentes no encontro reforçaram as palavras do reitor. “Toda a região está preocupada. Não só em função da possível paralisação das aulas, mas em função do impacto da UEMG na economia da cidade”, apontou Braz Cosenza, diretor da UEMG Unidade Carangola. “Sem esses funcionários, não conseguiremos articular o funcionamento das secretarias, da biblioteca, da segurança no campus. A Unidade vai parar”, alertou Saulo de Moraes, diretor da Unidade Ituiutaba. O diretor administrativo da Unidade Divinópolis, Tiago Novais, concorda: “Afeta a logística de laboratórios, a logística financeira e principalmente o atendimento à comunidade”. Situação que pode ser crítica em Passos: “Temos nove cursos na área da saúde que atendem à população, incluindo serviços de referência em DST/Aids, hepatites virais, hanseníase, e temos receio de um apagão nessas atividades”, destaca Tânia Maria Delfraro, diretora da Unidade Passos.
Ao apresentar a proposta de medida sugerida pela UEMG para contornar o problema, Adailton Pereira fez referência à Lei 22.257, de 27 de julho do ano passado, que garantiu a extensão do contrato administrativo dos servidores, em condição semelhante aos da UEMG, de áreas como vigilância e meio ambiente. O reitor Dijon aproveitou para reforçar que semelhante dispositivo em benefício da Universidade não resultaria em impacto adicional às contas do Estado, na medida em que prevê apenas a continuidade do gasto já em andamento.
Ao final das exposições, o deputado Dirceu Ribeiro prometeu empenho com a pauta e afirmou que irá levar as propostas para análise da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da ALMG.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
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