UEMG integra grupo que gerará Projeto de Lei para combate à pobreza no campo
21/12/2016
Segundo o Censo de 2010, cerca de 15% dos brasileiros moram em áreas rurais e 50% deles se encontram em situação de vulnerabilidade. Essa realidade fez com que diversos entes do estado de Minas Gerais se reunissem para alterar essa realidade, sobretudo nas áreas reconhecidamente mais pobres do estado, como o Vale do Jequitinhonha.
A Universidade do Estado de Minas Gerais é uma das instituições que apoiam o esforço interinstitucional do Governo de Minas na criação de uma Estratégia de Enfrentamento da Pobreza no Campo, cujo trabalho culminará em um Projeto de Lei a ser apreciado na Assembleia Legislativa de Minas. Representada pela pró-reitora de Extensão Giselle Hissa e pelas professoras Romilda Alves, da Unidade Ibirité, e Cynthia Rúbia Braga, da Faculdade de Políticas Públicas do Campus Belo Horizonte, a Universidade será responsável por definir a metodologia para criação de um plano que convergirá para a criação do Projeto de Lei a ser encaminhado em maio do próximo ano. Participam também da interlocução, instituições públicas estaduais como a Unimontes, Fundação João Pinheiro, Emater, Copasa e secretarias de estado, como a Sedese, Segov, SES, Seplag e Seda.
No dia de ontem foram realizadas as oficinas temáticas, que definiram e alinharam os conceitos de pobreza e campo. Foram convidados especialistas que dividiram suas falas entre os períodos da manhã e da tarde. Na primeira etapa apresentaram-se Carla Bronzo, da Fundação João Pinheiro; Rômulo Paes, do Centro Rio+; Antônio Claret, técnico da Sedese. Na última parte, foi a vez da pesquisadora Aline Weber, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; da secretária do estado de Educação, Macaé Evaristo; e do secretário executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Minas Gerais, José Antônio Ribeiro, o T´sé.
Os especialistas convidados problematizaram os conceitos, mostrando diferentes perspectivas e abordagens, bem como demonstrando como diferentes definições impactam diretamente a aferição de indicadores e o universo a ser abrangido pelas propostas. Após as apresentações, abriu-se um debate ampliado com os participantes para o estabelecimento dos conceitos de pobreza e ruralidade consensuais a serem abrangidos pelas propostas.
Quando a metodologia de concepção do plano for definida pela UEMG, serão criados Grupos Temáticos para Trabalhos Intersetoriais entre as instituições parceiras, que se basearão no diagnóstico da pobreza no campo, apresentado pela Fundação João Pinheiro, que lançará até junho do próximo ano, relatórios trimestrais.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
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