Mesa-redonda realizada no 18º Seminário de Pesquisa & Extensão, polo Carangola, discute o DCE e o movimento estudantil na UEMG
11/11/2016
Agência de Notícias Multimídia – Curso de Jornalismo – UEMG Unidade Divinópolis
Realizou-se, na tarde de ontem (10/11), no Salão Nobre da UEMG Unidade Carangola, uma mesa-redonda para debater e informar a respeito do Diretório Central dos Estudantes (DCE) – fundado durante o 1º Congresso Estudantil da UEMG (CONUEMG), realizado entre os dias 11 e 14 de julho deste ano – e do Movimento Estudantil Unificado nas 17 unidades da Universidade.
A mesa foi composta por alunos e alunas de três unidades, sendo Hygor Mesquita, estudante de História e presidente do Diretório Acadêmico de Campanha; Maria Fernanda Bertholdo, estudante de História e vice-presidente do Diretório Acadêmico de Campanha; Marcos Gouvêa, estudante e representante do Centro Acadêmico de Serviço Social; e Ariane Carvalho, estudante de Pedagogia, primeira-secretária do DCE da UEMG e integrante do Centro Acadêmico do mesmo curso.
Na conversa, foram discutidos pontos essenciais para as políticas de permanência e assistência estudantil, haja vista a necessidade de contribuição do Estado para com as unidades e os respectivos estudantes e a horizontalidade entre as partes envolvidas na construção de uma Universidade.
Após serem feitas algumas pontuações sobre o tema, o espaço foi aberto a todos os participantes para que esses expressassem suas opiniões e sanassem suas dúvidas quanto às práticas realizadas nas unidades.
Foto: Elvis Gomes
Hygor explanou a respeito da importância dos movimentos estudantis nas universidades do país, mas discorreu especificamente sobre esses grupos sociais nas unidades da UEMG. “As nossas causas são muito significantes no que diz respeito à assistência social, à democratização de informações Universidade-corpo docente-corpo discente e otimização de serviços na área técnico-administrativa, além da melhoria das nossas estruturas. Até mesmo a absorção das fundações de cada unidade teve grande colaboração dos movimentos estudantis. Estamos avançando enquanto movimento para buscar solucionar todas essas problematizações”.
Maria Fernanda relatou sobre a real necessidade de apoio da Universidade para com os seus alunos e alunas. “Na UEMG, em geral, não há uma assistência significativa para colaborar com nossos estudos. Há a inserção, mas não há a manutenção. Muitas pessoas têm que dividir o horário de estudo com o trabalho e mal conseguem se manter nas cidades onde estudam. Temos o estágio não obrigatório, mas não conta como assistência estudantil”.
Marcos frisou sobre como suas experiências nos outros polos acadêmicos o mobilizou para a questão do movimento estudantil. “Antes do CONUEMG, Carangola se sentia desconectada das outras unidades. As informações não chegavam para nós. No congresso, tivemos a oportunidade de conhecer melhor outras pessoas e a UEMG em si. Por meio desses encontros e de alianças que fechamos nele, tornou-se viável a fundação do CA do curso em que eu estudo, por exemplo. Hoje, a realidade do nosso curso é outra, e essa realidade só foi modificada porque nós fomos bastante proativos em nossas causas estudantis”.
Ariane trouxe à tona a relevância da identidade e coletividade da UEMG em cada uma das 17 unidades e também elucidou as melhorias estruturais na Universidade. “Várias unidades enalteceram e engrandeceram o movimento estudantil após o CONUEMG. Isso é bom porque não deixamos as pautas dissiparem. Ainda tem muitas coisas pra melhorar, mas muito também já está melhor em vista de pouco tempo para cá. Cada unidade tem suas demandas específicas, e com a nossa não é diferente. Além disso, é necessário conseguirmos nos impor para que a questão da nossa identidade como estudantes da UEMG seja vista com a real importância e respeito”.
O DCE da UEMG
O DCE da UEMG foi eleito no 1º Congresso Estudantil da Universidade, realizado entre os dias 11 e 14 de julho deste ano. Intitulado de “Aqui se respira luta”, o DCE conta com integrantes de diversas regiões do Estado, ilustrando a pluralidade que prometeu trazer para a primeira gestão de entidade. Lideranças do movimento negro, LGBT e em defesa das mulheres também estão contemplados na plataforma e montagem dos grupos de trabalho que o novo DCE apresenta.
A eleição foi realizada no SESC Venda Nova, em Belo Horizonte, no mesmo local onde ocorreu o congresso. O DCE é composto por sete cargos, sendo eles: três coordenações gerais, duas secretarias e duas tesourarias. Entre os quesitos apreciados pela assembleia, destacam-se, ainda, a duração de dois anos de mandato para a atual gestão, a possibilidade de reeleição dos seus membros e o compromisso de incentivar a formação de CAs e DAs dos cursos e unidades que ainda não foram criados até o próximo período eletivo, cuja metodologia será o voto direto.
A diretoria do DCE da UEMG é composta pelos seguintes estudantes:
Jéssica Marroques (Belo Horizonte) – Coordenadora geral
Kauê Pinto (Passos) – Coordenador geral
Luiz Felipe Leão (Frutal) – Coordenador geral
Ariane Carvalho (Barbacena) – Primeira-secretária
Sabrina Canuto (Diamantina) – Segunda-secretária
Bruna Coelho (Ibirité) – Tesoureira
Lara Farias (Ituiutaba) – Tesoureira
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Texto: Vinícius Xavier (estudante do 4º período de Jornalismo da UEMG Divinópolis)
Orientação: Professora Daniela Martins Barbosa Couto
Apoio: Elvis Gomes (Assessoria de Comunicação da UEMG Divinópolis) e Wanderson Brandão (Laboratórios dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UEMG Divinópolis)
DIVINÓPOLIS
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