Envelhecimento foi tema de mesa-redonda realizada na UEMG Divinópolis
21/09/2016
Assessoria de Comunicação – UEMG Unidade Divinópolis
Muitos estudiosos têm dedicado suas pesquisas tentando encontrar formas de prolongar a juventude, mesmo que seja externamente. A grande procura pela juventude eterna dá-se, muitas vezes, pela falta de informações e até mesmo pela negação de uma sociedade que, cada dia mais, tem cultuado a juventude, transformando os mais velhos em fardos. Tudo isso contribui para o surgimento de preconceitos e discriminações em relação a essa categoria social.
“A ciência prolonga a vida, mas não prolonga a juventude. A expectativa de vida da população brasileira cresce, mas as pessoas não querem envelhecer. O envelhecimento não é assimilado como uma condição natural e, portanto, não tem sido assegurado como um direito social”, explica a professora Rosana Rios Corgosinho, socióloga e coordenadora do Núcleo de Estudos para a Diversidade, que promoveu, no último dia 14 de setembro, no auditório da UEMG Unidade Divinópolis, a mesa-redonda “Envelhecer e diversidade: revendo preconceitos e estereótipos”.
(Fotos: Isabella Marques/Assessoria de Comunicação)
A equipe do núcleo, composta pelos professores, da esquerda para a direita: Geralda Pinto Ferreira, Rosana Rios Corgosinho, Wagner Rodrigues, Elaine Kendall e Helena Eustáchia
Considerando essas circunstâncias sociais e o seu iminente agravamento, o núcleo entende que o envelhecimento é um tema que não pode se restringir a disciplinas específicas de alguns poucos cursos de formação superior. Debates e reflexões precisam mobilizar e envolver transversalmente todos os cursos acadêmicos e todos os níveis de ensino, oportunizando, também, a participação da comunidade. Portanto, o objetivo do evento foi sensibilizar a comunidade acadêmica quanto à relevância dessa temática.
A professora Rosana Rios, ao centro, durante a abertura do evento
Compuseram a mesa Denise Alves Guimarães, psicóloga, doutora em Psicologia e professora no curso de Medicina da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) – Campus Centro-Oeste; Eloisa Borges, psicóloga, mestre em Psicologia e professora do curso de Psicologia da UEMG Unidade Divinópolis; e Virgínia Raimunda Ferreira, assistente social, mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência e professora do curso de Serviço Social da UEMG Unidade Divinópolis.
A abertura foi feita pela mediadora, professora Rosana Rios Corgosinho. “O direito de envelhecer ainda não é assegurado para todos os idosos do Brasil. É preciso acabar com o preconceito contra a velhice”, disse a professora.
Os temas apresentados durante a mesa foram diversos. Dos estereótipos e convenções, passando pela legislação, como as políticas públicas e o Estatuto do Idoso, e tratando de temas que ainda são tabus, como o envelhecimento e o vírus HIV.
“Considera-se que os objetivos foram alcançados, levando-se em conta que o evento contou com a participação de professores e estudantes de variados cursos, além de pessoas da comunidade, que demonstraram visível receptividade e interesse pelo tema proposto. Além de entender que refletir sobre o envelhecimento não se esgota em um único evento, o núcleo pretende promover outros eventos relacionados à promoção da inclusão e da inserção cidadã de categorias sociais marginalizadas ou negligenciadas pela sociedade”, finalizou a coordenadora do núcleo.
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