Projeto Librário no Programa Brasil das Gerais
11/04/2016
O Projeto Librário, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Design e Tecnologia da Escola de Design, foi destaque do Programa Brasil das Gerais, da Rede Minas.
O Projeto Librário: design inclusivo para surdos, projeto orientado pela professora Nadja Mourão, e que visa à disseminação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para o público em geral por meio de um jogo de memória com substantivos da Língua Portuguesa e seu sinal correspondente em Libras. A solução simples e de forte apelo inclusivo rendeu recentemente ao projeto uma premiação nacional da Fundação do Banco do Brasil.
Tecnologias Inclusivas - Brasil das Gerais - clique aqui para assistir.
Relembrando um pouco do Projeto Librário
Librário: Libras na escola e na vida
A partir da percepção desta necessidade, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) desenvolveu, em Belo Horizonte, o projeto “Librário: Libras na escola e na vida”.
"Um dia, conversando com uma aluna do mestrado, que era surda, perguntei o que era preciso para ampliar a cultura dos surdos. Ela me respondeu que queria que todas as pessoas soubessem a língua dos sinais. Daí nasceu nosso entendimento de que era preciso fazer algo para universalizar essa comunicação”, destacou a coordenadora do projeto no Centro de estudos de Design & Tecnologia, da UEMG, Rita Engler.
A iniciativa começou com o desenvolvimento do Librário. A ferramenta pedagógica é um jogo de memória que utiliza pares de cartas, que estampam a imagem iconográfica, o sinal da Libras e a palavra correspondente em português, para incentivar a aprendizagem da comunicação visual motora, de forma lúdica.
Além disso, a tecnologia social oferece oficinas gratuitas de noções básicas da Libras e curso para intérpretes, com ênfase na tradução e interpretação, forma grupos de estudos para promover a capacitação continuada dos profissionais da Libras e realiza encontros mensais e seminários bienais, que incluem palestras e debates sobre inclusão escolar e social e difusão da linguagem.
O trabalho valoriza e dá autonomia ao cidadão surdo, por meio da difusão da importância da língua de sinais, incentiva a formação continuada dos profissionais de Libras e da comunidade surda, propõe uma metodologia lúdica de ensino e aprendizado para o ambiente escolar e promove a interação entre surdos e ouvintes em aulas do ensino regular básico em todas as matérias da grade curricular.
Para a professora e pesquisadora do Librário, Flávia Neves de Oliveira Castro, um dos principais ganhos da Tecnologia Social é que ela reduz as diferenças e aproxima a cultura dos surdos. “Não é só o surdo que ganha, o ouvinte também é beneficiado porque ele descobre que existem muitas maneiras de se comunicar, que não é só de forma vocal e auditiva. Esse método é atrativo, o jogo conquista as pessoas, principalmente as crianças. Isso também ameniza o preconceito”.
ESCOLA DE DESIGN
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