Prêmio Tecnologia Social do Banco do Brasil 2015: a UEMG conquista 1º lugar com o projeto Librário
13/11/2015
com informações do site do Banco do Brasil
A UEMG, na Categoria Universidades, acaba de conquistar o Primeiro Lugar com o projeto "Librário: Libras na Escola e na Vida" na Premiação de Tecnologia Social do Banco do Brasil 2015.
Tecnologias sociais são premiadas pela Fundação Banco do Brasil.
Seis experiências de êxito em soluções para a comunidade são vencedoras da 8ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. O anúncio do resultado foi feito na última terça-feira (10/11), em Brasília.
Foram recebidas 866 inscrições, e 154 tecnologias foram certificadas - deste grupo foram escolhidas as finalistas. Os vencedores de cada uma das seis categorias (iniciativas dos estados do Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) receberão R$ 50 mil.
Outras 12 tecnologias sociais foram premiadas com o valor de R$ 25 mil (veja a lista completa abaixo).
Ao todo foram distribuídos R$ 600 mil em prêmios.
O Prêmio
Realizado a cada dois anos, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social tem como objetivo identificar tecnologias sociais que promovam o envolvimento da comunidade, transformação social efetiva e possibilidade de serem reaplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional. Além disso, as soluções devem ser efetivas nas áreas de alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.
Librário: Libras na escola e na vida
A partir da percepção desta necessidade, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) desenvolveu, em Belo Horizonte, o projeto “Librário: Libras na escola e na vida”.
"Um dia, conversando com uma aluna do mestrado, que era surda, perguntei o que era preciso para ampliar a cultura dos surdos. Ela me respondeu que queria que todas as pessoas soubessem a língua dos sinais. Daí nasceu nosso entendimento de que era preciso fazer algo para universalizar essa comunicação”, destacou a coordenadora do projeto no Centro de estudos de Design & Tecnologia, da UEMG, Rita Engler.
A iniciativa começou com o desenvolvimento do Librário. A ferramenta pedagógica é um jogo de memória que utiliza pares de cartas, que estampam a imagem iconográfica, o sinal da Libras e a palavra correspondente em português, para incentivar a aprendizagem da comunicação visual motora, de forma lúdica.
Além disso, a tecnologia social oferece oficinas gratuitas de noções básicas da Libras e curso para intérpretes, com ênfase na tradução e interpretação, forma grupos de estudos para promover a capacitação continuada dos profissionais da Libras e realiza encontros mensais e seminários bienais, que incluem palestras e debates sobre inclusão escolar e social e difusão da linguagem.
O trabalho valoriza e dá autonomia ao cidadão surdo, por meio da difusão da importância da língua de sinais, incentiva a formação continuada dos profissionais de Libras e da comunidade surda, propõe uma metodologia lúdica de ensino e aprendizado para o ambiente escolar e promove a interação entre surdos e ouvintes em aulas do ensino regular básico em todas as matérias da grade curricular.
Para a professora e pesquisadora do Librário, Flávia Neves de Oliveira Castro, um dos principais ganhos da Tecnologia Social é que ela reduz as diferenças e aproxima a cultura dos surdos. “Não é só o surdo que ganha, o ouvinte também é beneficiado porque ele descobre que existem muitas maneiras de se comunicar, que não é só de forma vocal e auditiva. Esse método é atrativo, o jogo conquista as pessoas, principalmente as crianças. Isso também ameniza o preconceito”.
O reitor da UEMG, Dijon Moraes Júnior parabenizou toda a equipe pela grande conquista reforçando que esta conquista é motivo de orgulho para toda a Uemg.
Clique aqui e conheça mais detalhes do projeto.
ESCOLA DE DESIGN
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