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Curso de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia reuniu 70 profissionais
13/11/2015
com informações e fotos do site da Fapemig
O Fala Ciência – Curso de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia reuniu nesta quarta-feira, 11, cerca de 70 profissionais que trabalham e se interessam pela comunicação científica. O evento foi uma iniciativa da Rede Mineira de Comunicação Científica – formada por representantes de Universidades e Centros de Pesquisa mineiros – da qual fazem parte Lana Siman, professora da FaE UEMG e Waldyr Vieira Júnior, Assessor de Comunicação da UEMG, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). Participaram do encontro comunicadores, pesquisadores mineiros, estudantes e profissionais envolvidos com a área.
O presidente da FAPEMIG, Evaldo Vilela, destacou a importância do curso na preparação de profissionais que cobrem a área de ciência e tecnologia. “Em 2017, Minas Gerais vai sediar a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Se queremos que as pessoas falem de ciência, é preciso capacitá-las. Esse é o primeiro curso de uma série que vai acontecer até a reunião na UFMG”, afirma. Marcílio Lana, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é um dos integrantes da Rede e afirmou que “temos o dever de sermos transparentes, permitindo que outros públicos acessem o conteúdo produzido somente na academia.
Foram apresentados cinco módulos no decorrer do dia. No primeiro, Yurij Castelfranchi, da UFMG, falou sobre a caixa de ferramentas do divulgador de C&T: as técnicas, modelos, práticas e linguagens. Ele explicou que traduzir ciência não é simplificar, é desdobrar o tema e saber construir pontes, pois “a tradução como simplificação transforma a riqueza da ciência em algo menor”.
As fontes e o divulgador de ciências: conflitos de interesses, checagem, ética e outros dilemas, foram tema do segundo módulo, apresentado por Bernardo Esteves, da Revista Piauí. Ele ressaltou a importância de o jornalismo incomodar, ter senso crítico, questionar e de chegar às informações. Ressaltou também que é preciso lidar com as controvérsias na ciência, discutindo diferentes opiniões e sabendo retratar a força de cada argumento.
No terceiro módulo, com a coordenadora do projeto Universidade das crianças, da UFMG, Débora D’Avila, o tema foi a ciência para crianças, adolescentes e adultos, no rádio, no museu e em vídeo. Ela enfatizou a importância da ilustração como recurso para levar a ciência às crianças. “A ilustração na divulgação científica ajuda a valorizar diferenças e instigar as crianças a lerem”, afirmou.
O quarto tema foi a ciência sob os holofotes. Yurij Castelfranchi falou sobre as molduras narrativas que usamos para falar de C&T. Para ele, o lead de um texto já diz qual enfoque escolhemos. Por exemplo, se a ciência é representada como apenas progresso e avanço, as dimensões políticas tendem a ficar invisíveis. Se a ciência é posta como previsão e verdade, o público, possivelmente, esperará certezas e ficará decepcionado.
O último módulo foi sobre a ciência como narrativa, a partir da experiência na Revista Minas Faz Ciência, produzida pela FAPEMIG. O editor da revista, Maurício Guilherme Silva Jr., e Verônica Soares, gestora das mídias sociais e do blog do projeto Minas faz Ciência, compartilharam o desafio da divulgação científica e como utilizar o transmídia para comunicar a ciência em diferentes plataformas.
Para o assessor de comunicação da UEMG, Waldyr Vieira Júnior, " foi um dos primeiros passos para ampliar a base de conhecimentos e práticas da atividade de comunicação com o objetivo de aproximar o grande público das informações e pesquisas científicas, e ainda vencer o desafio das características de consumo de informação nos canais virtuais onde os leitores querem informações rápidas e simplificadas".
Ainda pela UEMG, participaram a jornalista da FaE, Silviana Leite Giampaoli e a designer de produtos, Rachel Sager Boldt.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
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