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Reitoria realiza encontro com diretores das Unidades UEMG
27/05/2015
Entre os dias 14 e 15 de maio, a Reitoria promoveu em Belo Horizonte o primeiro encontro geral com os diretores de todas as Unidades da UEMG. O evento, que foi sediado na Framinas, teve aproximadamente 50 participantes e teve como objetivos o detalhamento de diversos aspectos do funcionamento da Universidade a todas as unidades; o diagnóstico atual da Universidade em relação ao orçamento aprovado para 2015, aos números de estudantes, docentes e técnico-administrativos e suas implicações diretas e indiretas nas ações de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão. O encontrou auxiliou também a Gestão a se aproximar das diretorias e apresentar as prioridades para este ano.
Durante a mesa de abertura do evento, o reitor da UEMG, Dijon Moraes Júnior, saudou os presentes, ressaltou o ineditismo e a relevância do encontro como instrumento de alinhamento de discurso e práticas, especialmente em decorrência do processo de absorção das antigas Fundações Associadas. “Asseguramos que não haverá retrocessos nas questões relacionadas às estadualizações”, afirmou. “A prova cabal disso é o orçamento da UEMG para 2015, cujo valor foi triplicado em relação ao ano anterior”.
O vice-presidente da Framinas, professor Gilson Soares, assentiu com a afirmação. “A aprovação do orçamento é um reconhecimento do Governo de Minas de que a UEMG é um instrumento governamental para promoção de políticas públicas baseadas no Ensino Superior”. Soares também disponibilizou a instituição como fundamentalmente parceira e apoiadora dos projetos universitários em Ensino, Pesquisa e Extensão, sinalizando com isso um “retorno às origens” da Fundação.
PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS |
Segundo informações do pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças, Adailton Vieira Pereira, o orçamento aprovado para este ano é de cerca de R$ 287 milhões. 63% desse montante, entretanto, estarão comprometidos somente com o pagamento de salários a professores e técnico-administrativos.
Uma novidade apresentada pela pró-reitoria foi a recente aquisição de equipamentos de informática: desktops, notebooks e projetores multimídia já estão a caminho de todas as Unidades para melhoria de laboratórios e setores administrativos.
A pró-reitora de Ensino, professora Renata Vasconcelos, ressaltou a importância de cada unidade independentemente do tamanho, da quantidade de curso e/ou projetos. Destacou a importância da estratégia dentro da nova divisão territorial estabelecida pelo Governo de Minas e mostrou a estrutura e números de alunos e cursos em todo o estado.
Passando pelo levantamento das notas do Enade, sustentou a necessidade de melhorias em algumas situações.
No cenário da graduação em 2015, mostrou as formas de acesso à UEMG, o entendimento sobre o perfil do estudante, como ele chega e de onde ele vem, e se há algo que esteja dificultando sua entrada na universidade.
Relatou que a adesão da UEMG ao SISU ocorreu quando se percebeu que 18% das vagas oferecidas em graduação não eram preenchidas.
A partir de 2012, 25% das vagas passaram a ser reservadas pelo SISU, montante que acabou sendo ampliado nos anos posteriores para 50%.
Mesmo com a estratégia de adição de vagas pelo SISU, a ociosidade de alguns cursos permanece, o que sugere a realização de um debate sobre a viabilidade de manutenção dos cursos com mais vagas não ocupadas no rol de graduações oferecidas pela Universidade.
A pró-reitora afirmou que a maior adversário da retenção dos estudantes carentes na Universidade é a questão da alimentação. Ainda assim, identificou-se que esses potenciais estudantes valorizam sobremaneira a atuação da UEMG e suas políticas de acesso ao Ensino Superior.
Entre essas ações, encontra-se o Processo de Seleção Socioeconômica (PROCAN), que reserva 45% das vagas do Vestibular para que pessoas em condição socioeconômicas semelhantes disputem entre si, e, portanto, em maior igualdade, as vagas no Ensino Superior.
Apontou, entretanto, a burocracia do processo de comprovação de carência como um grande desmotivador e ainda incipiente adesão.
Afirmou que atualmente a UEMG é uma das poucas universidades a trabalhar a reforma curricular incluindo questões raciais, de gêneros e orientação sexual (sexualidade, homoafetivos). Citou como exemplo o bacharelado de Direito em Frutal, que já oferece em sua matriz curricular uma disciplina da questão étnico-racial.
Renata apresentou diversos dados destacando pontos positivos e outros que merecem atenção e atuação dos diretores. Convocou-os a encarar fortemente os desafios e colocá-los como metas a serem alcançadas rapidamente.
O levantamento do perfil dos bolsistas em ações de Extensão, o fortalecimento dos Programas Institucionais de Extensão, bem como o estímulo à colaboração em eventos, projetos, programas e cursos conjuntos entre Unidades são os principais pontos de desenvolvimento dessa área durante o ano de 2015.
Dando continuidade aos encontros que já havia realizado com os coordenadores de Extensão de todas as Unidades da UEMG, a pró-reitoria responsável pelo tema retomou o entendimento de Extensão com o qual pretende desenvolver sua gestão. “Embora estejamos presentes em muitos municípios, precisamos extrapolar a compreensão de Extensão presente em ‘17 pontos’ no mapa”, advertiu a pró-reitora Vânia Costa. “É preciso estimular e trabalhar a questão da capilaridade, pensar rizomas, que de um local se estende; articular interlocuções possíveis para também trabalhar entre Unidades”.
A pró-reitora também comemorou a aprovação do orçamento, que possibilitou estruturar melhor as ações e ampliar a oferta de bolsas a alunos e professores, além de assegurar outras oportunidades de articulação e desenvolvimento de projetos, como o PaEX (Programa Institucional de Apoio à Extensão), Semana UEMG e o Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão.
O panorama apresentado pela PROPPG demonstrou a relevância que a adição de doutores e mestres nos quadros da Universidade terá, por sua capacidade de alavancar tanto a quantidade e qualidade de realizações e publicações em pesquisa, quanto a manutenção e abertura de novos cursos de pós-graduação, em lato e stricto sensu.
Segundo informações de 2015, o quadro de professores é composto em mais de 90% por professores temporariamente designados e pelo contingente docente que perdeu a estabilidade mediante a declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 100.
Para debelar essa realidade, encontra-se em andamento um concurso público docente, que, se totalmente preenchido, alçará a 45% o número de professores efetivos na UEMG.
Essa realidade também se reflete na produção científica. Apenas como exemplo, com dados de 2014, somente 10,4% dos professores produziram publicações. A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação Terezinha Gontijo alegou que a rotatividade e a baixa titulação do corpo docente inibem números mais expressivos.
Quanto às bolsas de iniciação científica, atualmente são oferecidas 592. “Em um universo atual de mais de 18 mil alunos, é uma grande defasagem ter apenas 1,9% de alunos contemplados com bolsas CNPq, Fapemig e Governo de Minas”, analisa a pró-reitora, sinalizando a busca pela ampliação das verbas de fomento na área.
Apresentou também metas a serem atingidas em médio e longo prazo, entre as quais se destacam a criação, em até cinco anos, um novo doutorado e três mestrados acadêmicos e passar a oferecer mestrados profissionais; em dez anos, o objetivo é que a UEMG ofereça cinco doutorados e dez mestrados.
A assessora de relações internacionais, Danielly Tolentino, apresentou os números relacionados aos convênios que a UEMG mantêm no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão com diversas instituições do exterior. Entre as ações se destacam programas de doutoramento, duplo título, eventos científicos, cooperação em pesquisas e intercâmbios de alunos e professores.
Na atualidade, a UEMG mantém ativo mais de trinta convênios internacionais com Universidades de diversos países e continentes como: Alemanha, Bélgica, Colômbia, Coréia do Sul, Cuba, Estados Unidos, França, Itália, México e Portugal.
Danielly enfatizou ainda que, no tocante à mobilidade acadêmica, com apoio da agência estadual de fomento Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG – e do Programa do Governo Federal “Ciências sem Fronteiras”, foi possibilitado aos estudantes da UEMG estudar na Alemanha, Austrália, Azerbaijão, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Noruega, Nova Zelândia, País de Gales, Portugal, Suécia e, de igual forma receber na nossa Universidade estudantes oriundos da Itália, Alemanha e Cabo Verde.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
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