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Em nove anos, número de professores doutores na UEMG amplia mais de 400%
18/03/2013
Agência Minas
Com investimento aproximado de R$ 60 milhões repassados entre 2003 e 2012 por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o Governo de Minas aumentou em mais de 300% o número de professores com titulação em mestrado e doutorado atuando nas instituições estaduais de ensino superior. Cerca de 50% dos recursos foram investidos no incremento de projetos de pesquisa implementados pelas universidades, envolvendo a implantação e reaparelhamento de laboratórios. A outra parte foi aplicada na capacitação de professores em universidades brasileiras e estrangeiras.
A Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), que atualmente possui 424 professores permanentes, foi a instituição que obteve maior crescimento no número de professores que obtiveram titulação em cursos de mestrado e doutorado. Em 2003, a instituição possuía 61 mestres e doutores, número este que saltou para 248 no final do ano passado, representando um incremento de 406,5%.
Já na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que possui 1.392 professores, nos últimos nove anos,o percentual de aumento no número de docentes com titulação em mestrado e doutorado foi de 274,9%nos últimos nove anos. Em 2003, a Unimontes tinha 251 mestres e doutores e chegou ao final do ano passado com 690 docentes com alto nível de especialização.
O presidente da Fapemig, Mário Neto Borges,comemora os bons resultados alcançados pelo Governo de Minas. Atualmente, o Estado possui 314 cursos de mestrado e 168 de doutorado. Com isso, Minas Gerais oferece cerca de 10% do total de programas de pós-graduação existentes no país, segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Outro dado que evidencia a evolução que os investimentos na capacitação de professores das universidades têm proporcionado ao incremento do ensino superior em Minas é o fato de que, atualmente, o estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional em número de pesquisadores. O levantamento foi divulgado em 2011 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre 2008 e 2010, o número de pesquisadores com titulação de doutorado em Minas Gerais saltou de 7.405 para 10.142 profissionais.
Ainda de acordo com o censo do CNPq, ao contrário de São Paulo e do Rio de Janeiro – primeiro e segundo colocados no ranking de atuação de pesquisadores, onde o percentual de profissionais vem caindo nos últimos anos – Minas Gerais tem apresentado resultados positivos. Atualmente, o estado possui 10,5% do total de pesquisadores brasileiros com curso de doutorado. Em 2008, a participação era de 9,6%. O censo do CNPq é divulgado de dois em dois anos e, segundo os dados de 2010, a diferença de Minas Gerais em relação ao Rio de Janeiro caiu de 3,3% em 2008 para 2,2% em 2010.
Investimentos na qualificação de professores
"Até 2003,as universidades estaduais mineiras não possuíam quadro significativo de professores altamente qualificados, nem cursos próprios de mestrado e doutorado. De lá para cá, a situação vem mudando devido à iniciativa decisiva do Governo de Minas de valorizar a carreira de professor, quase que equiparando a faixa salarial com os docentes das universidades federais”, explica Mario Neto Borges.
O presidente da Fapemig lembra que, atualmente, a Unimontes possui nove cursos de mestrado próprios e dois doutorados. Já a Uemg possui três cursos próprios de mestrado. A criação dos cursos está sendo viabilizada por meio do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PAPG), que busca aumentar a competência institucional das universidades.
Para este ano, Mário Borges revela que a Fapemig tem previsão de investir R$ 7 milhões por meio do Programa de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH). Só a Unimontes, Uemg e a Fundação Ezequiel Dias (Funed) têm projetos que preveem a captação de R$ 3,7 milhões para proporcionar a inserção de professores em cursos de mestrado e doutorado.
Com o crescente volume de investimentos na área pelo Governo de Minas, os projetos de pesquisa também são favorecidos e observam resultados expressivos. Apenas na Uemg e na Unimontes, estão em andamento 827 projetos contemplando as mais diversas áreas do conhecimento. A Uemg, por exemplo, possui 300 projetos de pesquisa em andamento,contra os 30 que eram executados em 2003.
"O investimento na capacitação de professores gera um ciclo altamente positivo nas universidades. Isso porque, paralelo à qualificação do corpo docente,o nível dos cursos de graduação melhora, o número de projetos aumenta e os universitários passam a se interessar mais pelos estudos e a inserção em projetos de iniciação científica. Consequentemente, a médio e longo prazo,o estado vai consolidando posição de crescimento na área de ciência e tecnologia,o que cria um ambiente propício para o desenvolvimento do estado", observa o presidente da Fapemig.
Benefícios às universidade e aos alunos
Além da participação em cursos ministrados em diversas universidades brasileiras por meio de programas de apoio mantidos pelo Governo de Minas, professores da Uemg abriram portas na busca de titulação em instituições estrangeiras sediadas na Itália, Escócia, Holanda, Inglaterra, Cuba, França, Alemanha, Portugal e nos Estados Unidos. Este ano, a previsão é de que 41 novos professores ingressem em cursos de mestrado e doutorado, o que corresponde a cerca de 10% do quadro dos docentes da instituição.
O reitor da Uemg, Dijon Moraes Júnior, ressalta que os investimentos do Governo de Minas são essenciais para o crescimento e a melhoria da qualidade da pesquisa na instituição. “A isso, soma-se a decisão do Governo do Estado de realizar concurso público para a contratação de 590 professores para o quadro permanente da universidade, acompanhada de modificações importantes na carreira docente, comoa melhoria da remuneração, o que favorece a permanência de professores titulados”, completa.
Com a melhoria da qualificação e, consequentemente, do desempenho nas pesquisas, Dijon Moraes avalia que vai aumentar também a captação de recursos por parte da Universidade, a interlocução com setores da sociedade que demandam estudos e projetos e o número de alunos envolvidos em pesquisas.
“O fato de a Uemg, por sua natureza multicampi, estar presente em diversas regiões do estado, permitirá estender esse impacto positivo sobre o desenvolvimento dessas diferentes regiões”, conclui o reitor.
REITORIA
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