SBPC lança premiação que incentiva mulheres e meninas nas ciências
19/02/2019
Do Portal SIMI
Imagem: Pixabay
Elas estão sub-representadas nos campos da ciência, tecnologia, engenharias e matemática, tanto no âmbito da graduação quanto no das pesquisas. A participação feminina é ainda menor nos níveis mais altos do sistema de pesquisa.
Buscando estimular a produção científica de mulheres e colaborar para a o aumento da participação feminina nas futuras gerações de cientistas, a Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC) lançou, na semana passada, o Prêmio Carolina Bori Ciência e Mulher. A premiação será concedida a partir de 2020, no Dia de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde 2015, data instituída pela Unesco.
Uma pesquisa realizada pela Organização, no mesmo ano, identificou os estudos científicos como uma das áreas onde a discriminação de gênero ainda é a regra, com apenas 28% dos pesquisadores do sexo feminino em todo o mundo.
Segundo Vanderlan da Silva Bolzani, vice-presidenta da SBPC, a condecoração, que ainda terá suas diretrizes definidas, terá ao menos duas categorias: uma voltada para as cientistas que já atuam em projetos de pesquisa e outra para as meninas estudantes.
"É extremamente importante, principalmente, premiar meninas porque o prêmio é um estímulo e um incentivo fascinante para as outras", afirma Vanderlan, durante o seminário SBPC e as Mulheres e Meninas na Ciência.
Carolina Bori
Carolina Bori, que dá nome ao prêmio, foi a primeira presidenta da SBPC, entre 1986 e 1989. Especialista em psicologia educacional e experimental, à frente da Associação Brasileira de Psicologia (ABP) e da Sociedade de Psicologia de São Paulo, teve papel fundamental, na década de 1960, na regulamentação da profissão de psicólogo no país e no decreto que determinou o currículo mínimo para a formação na área. Uma das primeiras pesquisas por ela realizada tratava do preconceito racial e social, publicada ainda no final da década de 1940.
Professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (atual Unesp), da Universidade de São Paulo (USP), tendo participado também da criação dos departamentos de psicologia nas universidades de Brasília (UnB) e na Federal de São Carlos (UFSCar). Carolina morreu em 2004, aos 80 anos.
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