Seminário P&E | Professores compartilham produção intercultural
09/11/2018
Equipe de professores da UEMG-Frutal, em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade de São Paulo (USP) e PUC Goiás apresentam resultados do Projeto de Intercâmbio Ikpeng/Xingu, no 20º Seminário de Pesquisa e Extensao da UEMG. O minicurso contou também com os trabalhos produzidos pelo professor professor Rafael Fares (UEMG-João Monlevade).
Realizado em setembro de 2018, o intercâmbio com o Povo Indígena Ikpeng proporcionou a visita ao Centro de Pesquisa e documentação da cultura Ikpeng – Centro de Documentação Digital Mawó, localizado na Aldeia Moygu, no Parque Indígena do Xingu (MT).
“Esse intercâmbio entre pesquisadores (professores e estudantes bolsistas das universidades envolvidas) e o povo Ikpeng objetivou estudar essa experiência única no país de base de dados digital bilíngue e oferecer aos jovens da aldeia oficinas de audiovisual e de produção de rádio em formato digital, além de efetivar uma troca intercultural de saberes entre a universidade e este povo indígena”, explicou a professora Eliete Pereira da Unidade de Frutal, uma das responsáveis pelo minicurso.
Também foi pesquisada a percepção Ikpeng a respeito do território e das alterações climáticas na região, fator de grande preocupação desse povo, devido ao avanço da produção agrícola ao redor do Parque Indígena do Xingu. Ao final do intercâmbio foram produzidos colaborativamente: um curta documentário, o primeiro programa da Rádio Mawó, mapas da etnoterritorialidade Ikpeng e um website.
As professoras Eliete Pereira e Aline Pascoalino, ambas da UEMG - Frutal, ministraram o curso em conjunto com participantes por Skype, os professores: Denize Dautl Bandeira ( Puc-GO) e Thiago Franco (UFG/USP).
Segunda a pesquisadora Eliete, a questão indígena deve ser estudada para romper com alguns estereótipos que estão no imaginário social : “É preciso mostrar que eles têm uma atuação contemporânea e que precisamos construir uma nova relação , não tratá-los apenas como objeto de estudos, mas reconhecer o protagonismo da atuação que eles vêm fazendo nos seus territórios e nas suas ações politicas e, no caso nosso, comunicativas”.
Ainda segundo a professora “mostrar o resultado parcial que temos desenvolvido na UEMG Frutal, entre povos indígenas e comunicação no viés da etnologia comunicativa e mostrar que essas populações indígenas no caso, alguns povos situados no estado de Minas Gerais estão se apropriando de tecnologias digitais para ação de memória e visibilidade”.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
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