Seminário P&E | Avaliação da educação infantil é tema de minicurso
08/11/2018
A professora Jacqueline da Silva Gonçalves, da Faculdade de Educação (Fae), realizou na manhã desta quinta-feira (8) o minicurso: “Reflexões sobre a avaliação na educação infantil: entre formas e gêneros”. O objetivo foi relacionar o exemplo da Rede Municipal que está atrelado a legislação vigente (Lei Federal nº12.796) sobre a avaliação da educação infantil com um outro modelo, voltado para a avaliação formativa, baseado na pesquisadora Jussara Hoffmann.
Segundo Jacqueline a criança é um sujeito pleno. “É preciso avaliá-la em relação a ela mesmo, a criança como sujeito, com as suas especificidades, com as suas características. Então o professor tem que estar atento ao relatar essas práticas no relatório individual da criança, como ele vai colocar no papel todas essas práticas que ele experimentou com essas crianças, tentar retratar a criança real e não aquela idealizada”, explicou a professora.
A aluna do quarto período de biologia da UEMG-Ibirité, Juliana Magno, comentou que gostou do minicurso e conseguiu ver um olhar mais prático: “A criança não é um receptáculo, mas um ser completo, é dependente, precisa de mediador, mas sabe falar por ela também”.
Rodrigo Andrade, estudante do quarto período de pedagogia da Fae, destacou dois pontos importantes do minicurso: “Achei muito interessante a autonomia da criança, pois acabamos valorizando muitas vezes apenas a do adulto e pouco as especificidades da criança, e, o relatório individual. Essas experiências de troca além sala são muito enriquecedoras”, elogiou Rodrigo.
Jacqueline Gonçalves explicou que ao produzir o relatório é preciso tomar cuidado com a nomenclatura utilizada e a escrita precisa ser um exercício ético e colaborativo. Para ela, os profissionais da educação infantil precisam garantir que o relatório seja um instrumento de promoção da criança e não de sua punição ou acusação, pois é essencial compreender a criança como um sujeito em processo de desenvolvimento e suas características não são definitivas. “O fato da criança morder não a caracteriza como agressiva é preciso ter muito cuidado, por isso o uso do vocabulário tem que ser um instrumento que se refere à aprendizagem e ao desenvolvimento como processo em contínua relação. É desejável que utilizem termos como: demonstra, apresenta-se, tem revelado, vem procurando, destaca-se, dentre outros”, explica a docente.
Curiosidade
Jacqueline da Silva Gonçalves graduou-se em Pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais (2001). Possui mestrado em Educação (2011), pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Atua como Professora Assistente da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Faculdade Pedro II. Atualmente integra os seguintes grupos de pesquisas: NEPEL (UEMG) e NFTDDP (UEMG). Consultoria Educacional em Instituições de Educação Infantil sobre os seguintes temas: currículo, avaliação, planejamento e elaboração de projetos políticos pedagógicos em instituições de Educação Infantil.
ASSESSORIA DE COMUNICACAO SOCIAL
|