Seminário P&E | Palestra de abertura enfoca a pluralidade da UEMG
08/11/2018
O professor Luiz Alberto Gonçalves, da UFMG, realizou a palestra de abertura do 20º Seminário de Pesquisa e Extensão, que acontece no prédio da Fadecit, em Belo Horizonte, entre os dias 7 e 9 de novembro. Com o tema “Pesquisa e Extensão na perspectiva do ‘Conhecimento Pluriversário’: desafios para uma grande universidade com pluralidade de campi regionais”, Luiz Alberto pontuou os processos de descolonização das universidades e a multiplicidade imersa na UEMG, que se estende por 16 municípios com características regionais distintas.
Segundo o professor, as novas políticas universitárias se reinventaram no final do século XX para o século XXI com o objetivo de pensar uma universidade não colonialista. “Em um primeiro momento, as universidades da América Latina divulgaram de forma predominante o conhecimento europeu, mas depois incorporaram suas especificidades na produção do conhecimento, esses processos permitiram a entrada de novos atores e novos saberes, que foram absorvendo as diferenças”, explica Gonçalves.
Essas diferenças permitiram pensar não somente a diferença de classe social dentro das Universidades, mas de problematizar grupos excluídos como indígenas e negros. Nesse sentido, para o docente, a UEMG é pluriversária, e agrega versos plurais e saberes diversos. “Minas Gerais é maior que a França e dez vezes maior do que a Inglaterra. A UEMG vai do Vale do Jequitinhonha ao Triângulo Mineiro. Não conheço nenhuma outra com um tamanho deste”, ressalta.
Luiz Gonzaga esteve como avaliador do CNPQ em outros seminários da UEMG e relembra que em 2008, na 10ª edição que ocorreu em Divinópolis, 250 trabalhos de iniciação científica foram avaliados. Na 12ª edição, em Barbacena, foram 260 e em Frutal, no ano de 2010, 247. “Mas somente na 13ª edição, que aconteceu em Belo Horizonte, percebi o desmembramento dentro da UEMG quanto a pesquisa e a extensão. Nesse ano, 342 trabalhos foram apresentados, sendo 240 somente de pesquisa”, relembra o professor.
Quase finalizando, o professor Luiz comentou da importância de Paulo Freire para a extensão. “ Paulo Freire, na década de 70, quando ainda estava exilado no Chile, reconheceu a importância da extensão, ou como ele iria falar, da comunicação das universidades, em dialogar com o seu mundo social e com o mundo de forma em geral”, enfatizou.
Confira a programação completa para acessar as palestras, minicursos, oficinas e painéis do evento.
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