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Semana de Museus | História da fotografia é tema de palestra realizada na UEMG Divinópolis
23/05/2018
Fotografias de paisagem, panorâmica, de animais, de casamento, de batizado e selfies. Sejam elas coloridas ou em preto e branco: fotografar é uma prática comum no nosso tempo. A fotografia carrega consigo uma história rica e repleta de transformações, sempre com o desejo de registrar os momentos da melhor forma possível. Para contar a história da fotografia durante a 16ª Semana de Museus, o Centro de Memória Professora Batistina Corgozinho (Cemud), da UEMG Unidade Divinópolis, convidou o fotógrafo e empresário Luiz Antônio Gonçalves, idealizador do Museu da Fotografia. A palestra, realizada no dia 17 de maio, no auditório da Unidade, integrou a programação do evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e realizado pelo Cemud e pelo EmRedes – Portal da Memória do Centro-Oeste Mineiro.
Na palestra, Luiz contou sobre a sua trajetória enquanto fotógrafo, desde seu primeiro emprego na antiga Foto Ásia até a consolidação de sua própria empresa, a Luiz Fotógrafo, incluindo a criação do Museu da Fotografia, sempre com uma nítida paixão e domínio da sua profissão. Durante a conversa, o empresário narrou as principais transformações pelas quais a fotografia passou ao longo dos anos, como, por exemplo, o uso de pólvora para iluminar as locações das fotos. Também mostrou diversas câmeras antigas que fazem parte do acervo do museu, como uma Polaroid e uma Tira Teima, entre outros objetos antigos, incluindo um projetor japonês caseiro que exibiu uma das primeiras animações do personagem Hulk.
Ao longo da palestra, a história da fotografia e a do próprio Luiz se misturavam, ambas em evolução, conservando a mesma vontade de tocar as pessoas com as fotografias. Durante os 36 anos da empresa, o fotógrafo presenciou várias mudanças na fotografia, como a substituição do filme fotográfico pelo negativo e, posteriormente, pelo arquivo digital.
Heber Rezende, parceiro de trabalho de Luiz, esteve presente na palestra e comentou sobre como eram feitas as fotos no início da sua carreira. “Eu comecei na época que era somente preto e branco. Eu estava com 16 para 17 anos, e só revelava as fotos com químicos e fazia o meu próprio revelador. Hoje, tenho 54 anos na área e ainda fotografo”, contou o tradicional fotógrafo divinopolitano.
Motivado pela vontade de conservar esse passado da fotografia, as suas mudanças e a história de Divinópolis, incluindo a história da sua empresa, Luiz Fotógrafo idealizou o Museu da Fotografia. “A ideia de ter o museu foi porque, como estava tudo evoluindo demais, passando para o digital, a gente resolveu criar um espaço cultural onde deixaríamos as peças antigas, porque a gente viu que a coisa ia sofrer uma mudança muito grande, ia ser algo muito radical”, comentou Luiz, instantes antes do início da palestra, na qual ele também revelou que seu hobby por colecionar objetos também nutriu a vontade de criar o museu.
Atualmente, o museu funciona dentro da loja Luiz Fotógrafo, situada à rua Goiás, 1.003, no centro de Divinópolis, e é aberto ao público no horário comercial. Todas as peças expostas foram adquiridas por meio de doações vindas de todo o país ao museu, que já possui projetos de ampliações no futuro.
Ao final da palestra, os participantes puderam tirar fotos dos itens expostos, perguntar algumas curiosidades e tirar dúvidas, além de explorar os objetos que Luiz trouxe para o evento, uma vez que, como disse o próprio Luiz, “cada peça tem uma história”.
Texto: Anna Flávia Alves Vieira e Lorena Gonçalves – Estudantes do 3º período do curso de Jornalismo da UEMG Unidade Divinópolis
Fotos: André Camargos – Assessoria de Comunicação | UEMG Unidade Divinópolis
Orientação: André Camargos e Elvis Gomes – Assessoria de Comunicação | UEMG Unidade Divinópolis
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