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UNIDADE EM FOCO - UEMG João Monlevade | Centro Tecnológico: a busca pela excelência
19/01/2018
Emprego de maquinário sofisticado colocará a Universidade no mesmo patamar de outras instituições de ponta em áreas da Engenharia
Matéria produzida com o apoio da Assessoria de Comunicação da Unidade João Monlevade
Fotos: ASCOM/UEMG JM/Carlos Augusto
A UEMG Unidade João Monlevade chega a 2018 preparando-se para acelerar a utilização de seu moderno conjunto de laboratórios chamado de Centro Tecnológico (CTec). Instalado desde 2014, o espaço recebeu ao longo de 2017 uma leva de novas máquinas que irão abrir oportunidades de atuação para a Unidade quando estiveram integralmente instaladas, ainda este ano.
Calorímetro (foto ao lado), reômetro, potencial zeta (segunda foto), estufas e computadores com alto potencial de processamento são alguns dos equipamentos que chegaram ano passado ao CTec. Eles vieram da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), de Belo Horizonte, que encerrou alguns de seus setores recentemente e optou pelo repasse dos bens à Universidade do Estado de Minas Gerais. O encaminhamento à Unidade João Monlevade foi determinado pelas características e aplicabilidade dos acessórios.
Segundo o gestor de projetos da Unidade, Igor Fernandes de Abreu, o CTec representa a seção técnica da instituição, abrigando os laboratórios de seus cursos de Engenharia Ambiental, Civil, de Minas e Metalúrgica. No Centro, são desenvolvidos processos de análise instrumental, testes hidráulicos, dentre outros. Na área da mineração, é possível moer e tratar quimicamente amostras e, em metalurgia, realizar cortes, polimento e soldagem, por exemplo.
“Aqui, o aluno sai da teoria para a prática. Lá na Unidade ele estuda o que é flotação, por exemplo, em apresentação de slides, e aqui ele faz a flotação. Executa o procedimento e vê, na prática, quais são as variáveis, quais os problemas. Aqui ele vive a realidade. Pode produzir qualquer coisa para conduzir uma pesquisa”, ilustra o gestor.
MEV
Esta é a sigla para microscópio eletrônico de varredura, instrumento de observação capaz de produzir imagens tridimensionais de alta resolução (amplia até 300 mil vezes) de amostras, permitindo uma análise fina de sua estrutura superficial. Tratada como a “menina dos olhos” da Unidade em meio aos artigos adquiridos recentemente, a ferramenta é avaliada em quase meio milhão de reais e só o seu transporte e instalação no CTec consumiu R$ 50 mil.
O MEV serve para analisar uma variedade de materiais. Segundo Igor Fernandes, ele ampliará consideravelmente a capacidade de divulgação bibliográfica da Unidade: “Não haverá a necessidade de pagar o uso de equipamento de fora para fazer um artigo analisando a qualidade do aço, por exemplo. Teremos autossuficiência na produção desse tipo de dado, como a UFOP, a UFV e a UFMG”.
O MEV da Unidade João Monlevade começou a operar em fase piloto no semestre passado. Capacitados os agentes designados para trabalhar com o equipamento, ele agora está sendo liberado pesquisas e aulas. Professores e estudantes podem solicitar a realização de análises por meio do equipamento preenchendo formulário online disponível aqui.
Entusiasta das possibilidades de utilização do super microscópio, o diretor da Unidade, José Rubenildo dos Santos, adianta que serão tentadas parcerias para dinamizar a atuação do aparelho: “Além da pesquisa e extensão, a gente pensa na prestação de serviços para o município e empresas. O MEV qualifica a funcionalidade dos outros laboratórios, inclusive. Assim, nossa soldagem hoje vai além da solda; inclui também a análise das propriedades da solda que é feita. Ou seja, as empresas podem passar a contar conosco para verificar a qualidade e conformidades de vários tipos de estrutura. Além disso, o MEV nos garantirá melhores condições para concorrer a editais da CNPq, Fapemig, etc.”, vislumbra o diretor, que enxerga esses novos cenários como um fator de motivação para toda a equipe docente e discente da Unidade.
JOÃO MONLEVADE
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