18º P&E: A realização do Seminário de Pesquisa e Extensão é um ato de resistência, afirma vice-reitor
10/11/2016
O trânsito engarrafado bem que tentou prejudicar, mas não foi suficiente para esmaecer a abertura oficial do 18º P&E da UEMG no polo Belo Horizonte, que reuniu professores, servidores e estudantes bolsistas de projetos de pesquisa e extensão do Campus BH e das Unidades Diamantina, Ibirité e João Monlevade.
Após o credenciamento, a calorosa recepção foi feita pela bateria universitária Besouteria, criada e mantida por estudantes dos cursos de graduação da Unidade Frutal, que empolgou e energizou o público presente.
Em seguida, formou-se a mesa de abertura, com as presenças do vice-reitor José Eustáquio de Brito; do diretor da Escola Guignard, Adriano Gomide; da diretora da Unidade Ibirité, Elizabeth Dias Munaier Lages e a coordenadora de extensão do polo Belo Horizonte, Renata Gontijo.
Nas falas de abertura, tanto Renata, como o vice-reitor da UEMG, expressaram preocupação com os acontecimentos sociopolíticos no país e que têm impactado diretamente não só a realização de atividades acadêmicas, como também a vida de considerável parte da população brasileira. A professora agradeceu a presença sobretudo dos estudantes e classificou este como um "momento difícil" e defendeu que ensino, pesquisa e extensão não sejam deixados de lado.
Brito considerou a realização de um evento de pesquisa e extensão no cenário atual como "um ato de resistência política", frente a um panorama em que as universidades públicas enfrentam contingenciamento das verbas destinadas para bolsas de iniciação científica e de pós-graduação:"temos o potencial de fazermos muito mais se as condições estruturais nos fossem mais favoráveis. Em nível nacional, percebemos, com certa apreensão e perplexidade, que as opções de ajuste macroeconômico mais uma vez penalizam os setores da população que mais dependem do investimento público. Pelo caráter multifacetado e abrangente das medidas em curso, não há como desconsiderar os impactos dessas medidas na sociedade de forma geral e, particularmente, numa instituição de ensino superior que tem 70% de seus estudantes egressos de escola pública, como a UEMG", ponderou.
Para esta edição do P&E, estão inscritas 2.144 pessoas, entre professores, estudantes e servidores que apresentarão trabalhos (1.446) e ouvintes (698). Somente no polo de Belo Horizonte, estarão presentes 650 pessoas inscritas. Entre palestras, mesas redondas, minicursos e oficinas serão ofertadas 106 atividades.
Para encerrar as atividades do dia, o professor Renato Dolabella ministrou a palestra de abertura intitulada "A profícua relação entre pesquisa x universidade x inovação x mercado". Durante sua fala, o professor explicou a interrelação entre os itens que compuseram sua apresentação e afirmou que o modelo brasileiro de produção de inovações está sedimentado nas universidades públicas, que são as maiores produtoras de pesquisa e desenvolvimento nas diversas áreas de conhecimento, a frente mesmo da indústria. Por esse motivo, conhecimento técnico e tecnológico, além de maciço investimento em infraestrutura seriam essenciais para dotar essas instituições de manter sua função de promover a inovação e manter, assim, a competitividade nos diversos mercados.
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