Abertura do 17º Seminário de Pesquisa e Extensão é marcada pela interação entre os participantes
26/11/2015
Assessoria de Comunicação – UEMG Unidade Divinópolis
Ao som do grupo musical Violeiros da Paz, formado em setembro de 2013 por integrantes de comunidades rurais de Carangola e São Francisco do Glória, foi realizada, na noite desta quarta-feira (dia 25 de novembro), na UEMG Unidade Carangola, a abertura do 17º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG.
Esta é a segunda vez que a acolhedora Carangola, cidade de cerca de 33 mil habitantes localizada na Zona da Mata de Minas Gerais (a 357 km de Belo Horizonte), recebe o seminário – a primeira foi em 2003, quando foi realizada a 5ª edição do evento. Carangola é, também, a primeira unidade da UEMG a acolher o seminário após o evento voltar a ser itinerante entre as unidades da Universidade.
Além de promover a integração das atividades de pesquisa, extensão e ensino e intensificar a interação entre professores e acadêmicos das unidades da UEMG e de outras instituições, o seminário possibilita aos pesquisadores e estudantes a divulgação de seus trabalhos, realizados por meio dos programas da UEMG e da extensão junto à comunidade, oportunizando o intercâmbio de informações e contribuindo para o desenvolvimento das atividades da comunidade científica.
Durante o seminário, que será encerrado nesta sexta-feira (dia 27 de novembro), estão programadas 1.126 atividades, entre as quais palestras, mesas-redondas, sessões de comunicação coordenada, exposição de pôsteres, oficinas e minicursos.
Cerimônia de abertura
A cerimônia de abertura contou com a presença do vice-reitor da UEMG, professor José Eustáquio de Brito; das pró-reitoras Terezinha Abreu Gontijo (Pesquisa e Pós-Graduação) e Vânia Costa (Extensão); do diretor da UEMG Unidade Carangola e presidente do Comitê Acadêmico de Organização do Seminário (CAOS), professor Braz Antônio Pereira Cosenza; do coordenador de Pesquisa da UEMG Unidade Carangola e membro do CAOS, professor Alexandre Horácio Couto Bittencourt; e da coordenadora de Extensão da UEMG Unidade Carangola e também membro do CAOS, professora Glaciene Januário Hottis Lira.
O hino nacional foi executado pela tradicional banda de música carangolense Lira 21 de Abril, fundada em 28 de fevereiro de 1959 pelo sr. Mauro Valladão, um dos dirigentes da Sociedade 21 de Abril, entidade de assistência e previdência social criada em 1917 em Carangola.
Consolidação
Ao abrir os trabalhos do seminário, o diretor da UEMG Unidade Carangola ressaltou o crescimento da UEMG nos últimos anos, refletido na organização desta edição do seminário. “Hoje, somos uma grande Universidade, a 3ª maior de Minas Gerais, com 115 cursos de graduação e, aproximadamente, 19.500 alunos. Tudo isso representa a consolidação de uma UEMG plural, acadêmica, livre e autônoma, pensada e sonhada pelo professor Aluísio Pimenta e construída nos pilares do ensino, da pesquisa e da extensão”, disse Braz Cosenza.
Diversidade
O vice-reitor da UEMG destacou a diversidade dos trabalhos que serão apresentados no seminário. “Este é o momento em que a comunidade científica e acadêmica se apropria coletivamente da produção que é feita nas unidades por professores e estudantes. É também um momento privilegiado para fazermos um balanço das iniciativas de pesquisa e extensão e, sobretudo, apontarmos caminhos para aperfeiçoarmos o trabalho que estamos fazendo”, afirmou José Eustáquio. “É um momento de encontro, de socialização dos nossos projetos e, ainda, de a gente conhecer um pouco mais dessa unidade na diversidade em que a UEMG tem se transformado”, completou.
O vice-reitor também leu a mensagem enviada aos participantes do seminário pelo reitor da UEMG, professor Dijon Moraes Júnior, que não pôde participar da abertura do evento.
Interação
Segundo a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, o seminário é um espaço de interação entre estudantes e professores da UEMG. “O seminário tem um caráter único nesta edição por ser o primeiro que reúne todas as unidades após a incorporação das fundações ex-associadas, hoje unidades da UEMG. Por ser um evento que reúne estudantes e professores de diferentes partes do Estado, com diferentes culturas, vivenciando diferentes problemas e buscando diferentes soluções, o seminário se enriquece por esta diversificação”, enfatizou Terezinha. “Este seminário é um espaço rico, privilegiado, inovador para uma experiência estratégica de produção de conhecimento na Universidade, contribuindo para o desenvolvimento do Estado em seus diferentes municípios”, concluiu.
Lançamento
Após os pronunciamentos dos integrantes da mesa de abertura, foi realizado o lançamento do vídeo “Cágado do Paraíba: o ilustre desconhecido do rio Carangola”, que aborda o trabalho desenvolvido pelo projeto de pesquisa e conservação Cágado do Paraíba, iniciado em dezembro de 2013 com o objetivo de promover a recuperação e a proteção do cágado-do-Paraíba no médio rio Paraíba do Sul, com ênfase na sub-bacia do rio Carangola. Patrocinado pela Petrobras, o projeto é realizado pelo Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental (CECO), de Carangola, com apoio da UEMG Unidade Carangola, da Fundação Biodiversitas e do RAN/ICMBio.
Palestra de abertura
Ao mencionar a importância do trabalho de extensão desenvolvido pelas unidades da UEMG, a pró-reitora de Extensão apresentou a palestrante da abertura do seminário, a professora doutora France Coelho, que leciona na Universidade Federal de Viçosa (UFV). France é graduada em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Extensão Rural pela UFV e doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). Seu trabalho é voltado para temas nas áreas de Ciências Humanas e Sociais e de Ciências Agrárias/Ambientais, com pesquisas sobre segurança e soberania alimentar, reforma agrária e agricultura familiar, agroecologia e homeopatia na agropecuária.
Com o título “Ouvir é mais que escutar, olhar é mais que sentir, saber é mais que fazer ciência”, a palestra abordou a importância do diálogo entre os professores e estudantes que realizam ações de extensão e as comunidades nas quais elas são desenvolvidas. “Ao realizarmos nosso trabalho, é preciso tomarmos muito cuidado com a forma como vamos interagir com as comunidades. Precisamos ouvi-las antes de colocarmos qualquer projeto em prática. Precisamos fazer junto com as comunidades, e não apenas intervir com um conhecimento que, na realidade, pode não resolver a situação delas”, ressaltou.
Entre as várias histórias contadas pela professora no decorrer da palestra, destaca-se a do sr. Geraldo Gomes, que mora numa comunidade rural próxima de Montes Claros. Conhecedor de Botânica, ele solicitou que um grupo de extensionistas, do qual a professora France fazia parte, desenvolvesse um caderno com os registros de todas as plantas que ele conhecia, uma vez que costumava “dar uns cursos por aí” e não tinha este material registrado.
Depois de anotar as informações fornecidas pelo sr. Geraldo, o grupo produziu o caderno, com fotografias das plantas e descrição das espécies, e o entregou ao sr. Geraldo durante cerimônia realizada com a finalidade de apresentar o caderno à comunidade. Alguns meses depois, ele devolveu o caderno com várias correções feitas a mão. “Já que vocês não entenderam direito o que eu falei, resolvi anotar pra vocês como é que devem ser descritas as plantas”, disse.
A noite foi encerrada com um baile de confraternização realizado no Carangola Tênis Clube.
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