Mesa-redonda debate ações afirmativas no ensino superior
21/11/2014
Assessoria de Comunicação – Unidade Divinópolis
Uma das atividades da programação do 16º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG foram as mesas-redondas, que tiveram como objetivo discutir temáticas relevantes, envolvendo a pesquisa e a extensão dentro e fora do âmbito da Universidade.
Na manhã do último dia do evento, entre algumas discussões, a mesa número 9, realizada na Escola de Design da UEMG, em Belo Horizonte, se destacou com a temática “Ações afirmativas no ensino superior: a relação entre ensino, pesquisa e extensão”. O tema fez parte das atividades da UEMG no seminário em comemoração à semana da Consciência Negra. Duas outras atividades culturais relacionadas à temática foram programadas durante o evento: as apresentações do grupo Bataka e da Cia. Baobá de Dança.
Mediada pela coordenadora do Programa Institucional de Extensão Ações Afirmativas e Relações Étnico-Raciais da UEMG, Vanessa Eleutério Miranda, a mesa foi formada pelo vice-reitor da UEMG, José Eustáquio de Brito, pela aluna de mestrado da UEMG Regina Márcia de Oliveira e pelo pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis da UFMG, Rodrigo Ednilson de Jesus.
A UEMG adota o sistema de reserva de vagas para os cursos de graduação para afrodescendentes, egressos de escola pública, pessoas com deficiência e indígenas, com base na Lei Estadual 15.259, de julho de 2004. De acordo com o vice-reitor da Universidade, 70% dos alunos da UEMG são egressos de escola pública, demonstrando a necessidade de se pensar num sistema de cotas mais audacioso. E acrescenta: “Hoje, temos um grande desafio a médio e longo prazo: qual formação a Universidade pública, de qualidade e de um grande alcance social, é capaz de oferecer a esses estudantes da escola pública? Essa é a pergunta e o desafio que essa gestão se propõe desenvolver”.
Outro ponto destacado na mesa foi a discussão sobre as ações afirmativas, não apenas em relação ao acesso à Universidade, mas, também, quanto à permanência do aluno na instituição de ensino. O professor Rodrigo ressaltou que é necessária uma maior atenção na situação do negro no contexto social, cultural e econômico: “É preciso que as pessoas compreendam a raça como uma questão social. A partir daí, teremos um maior entendimento sobre a importância do negro no espaço acadêmico.”
SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO
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