70 anos da Escola Guignard são celebrados com exposição especial
18/11/2014
Uma Escola com muitas histórias, personagens e, principalmente, devoção à Arte. Esse é um resumo possível da trajetória de uma das Unidades mais conceituadas da UEMG e que completa, em 2014, sete décadas de fundação, docência e experimentações artísticas: a Escola Guignard.
Para celebrar essa data especial para a comunidade acadêmica, será aberta à visitação, na Galeria da Unidade, a partir do dia 19 de novembro, às 9h, o Acervo Artístico e Museológico da Escola Guignard, além de obras selecionadas, com a curadoria e expografia de Renato Madureira e Paulo Amaral.
A atividade integra a programação do 16º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG, cujas atividades de abertura serão realizadas na Unidade. A Escola também arregimentou uma série de atividades durantes os três dias de Seminário. A visitação é gratuita.
BREVE TRAÇO DE HISTÓRIA
Antônio de Paiva Moura, em seu livro "Memória Histórica da Escola Guignard", no qual consolidou diversas informações históricas pesquisadas sobre a fundação da Unidade, afirma que a mesma foi inagurada em 1943, resultando de um convênio assinado entre o artista Alberto da Veiga Guignard, naquela época radicado no Rio de Janeiro, e o então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek.
A metodologia de ensino originalmente avessa à burocracia e de pedagogia dinâmica e quase intuitiva marcaram o primeiro período de funcionamento da Unidade, com o artista Alberto da Veiga Guignard à sua frente. "Os resultados deste liberalismo didático foram rápidos e de alta positividade", relata Moura na publicação.
Vinculada inicialmente à Prefeitura de Belo Horizonte, o autor revela que durante sua extensa trajetória, a Unidade enfrentou inúmeros percalços à medida que se trocavam os titulares do cargo máximo do executivo municipal. Tendo iniciado suas atividades acadêmicas em pleno Parque Municipal, onde se encontrava a antiga sede do Colégio Imaco, as condições políticas e burocráticas forçaram uma série de adaptações e um histórico de lutas e reivindicações de professores, alunos e da classe artística mineira, até que criasse definitivamente raízes no Bairro Mangabeiras, na sede própria em que hoje ministra suas atividades.
Passaram em sua história, como alunos e/ou professores, nomes como Álvaro Apocalipse, Amílcar de Castro, Eymard Brandão, Franz Weissmann, Inimá de Paula, Maria Helena Andrés, Sara Ávila, Solange Botelho, Petrônio Bax, Yara Tupinambá, entre diversos outros artistas nacional e internacionalmente reconhecidos por seus trabalhos em pintura, desenho, gravura, escultura e cerâmica.
SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO
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