Tese de docente da ED relaciona condições de vida à distância entre moradia e trabalho
23/09/2014
A professora da Escola de Design da UEMG, Viviane Zerlotini, defendeu neste ano sua tese de doutorado, na qual analisou as formas de organização do espaço por coletivos de trabalho. Para compor sua pesquisa, estudou quatro grupos produtivos: costureiras, bordadeiras, artesãos e triadores (que fazem a triagem de resíduos sólidos).
Seu intuito foi compreender a lógica e as necessidades de cooperativas e associações de trabalhadores. Sua conclusão foi de que, no caso desses grupos, quanto mais separados estavam os espaços de moradia (reprodução) e de trabalho (produção), mais precárias eram as condições de vida.
Na comunidade Noiva do Cordeiro, em Belo Vale (MG), por exemplo, os homens, exímios construtores, partem para cidades maiores em busca de trabalho, enquanto as mulheres vivem e trabalham em construções de uso coletivo, em hortas e lavouras comunitárias.
“Elas também costuram para a comunidade e para clientes externos e são conscientes de todo o processo. Dão suporte umas às outras e têm em mente que naquele lugar ninguém vai passar fome”, conta Viviane. Ela acrescenta que o grupo lança mão de mutirões, busca informações antes de construir e se organiza para que todos possam contribuir. A experiência dos triadores, segundo a pesquisadora, é oposta: a comunidade concentra as atividades de produção num galpão isolado e é a que se mostra mais vulnerável.
A partir da página eletrônica da UFMG.
ESCOLA DE DESIGN
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