Mesa discute os desafios do ensino, da pesquisa e da extensão na UEMG
08/11/2013
Renata Vasconcelos, pró-reitora de Ensino da UEMG, Terezinha Gontijo, pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação e Vânia Costa, pró-reitora de Extensão, promoveram uma ampla discussão, acerca da situação, desafios e interface do ensino, da pesquisa e da extensão na UEMG. A mesa redonda, moderada pela coordenadora de Extensão da Escola de Design, professora Giselle Safar, integrou a programação do segundo dia do 15º Seminário de Pesquisa e Extensão.
Atualmente, a UEMG tem 32 cursos de graduação disponíveis, distribuídos nas modalidades bacharelado (16 cursos), licenciatura (11 cursos) e tecnológico (5 cursos). Uma das novidades apresentadas na mesa pela Pró-reitoria de Ensino foi a reformulação curricular de todos os cursos. Essa reformulação envolve mudança nas disciplinas, análise dos cursos no mercado de trabalho e a implantação de disciplinas optativas e eletivas, junto com a mudança no sistema de matrículas dos alunos, que passará a ser por disciplina e não com grade fixa. Essa reformulação nas grades está sendo gradual e acompanhada de perto pela Pró-reitoria de Ensino.
O programa de ensino de maior repercussão atualmente é o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), que tem apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
O PIBID oferece bolsas de iniciação à docência aos estudantes de cursos de licenciatura que desenvolvam atividades pedagógicas em escolas da rede pública de educação básica; ao coordenador institucional que articula e implementa o programa na universidade ou instituto federal; aos coordenadores de área envolvidos na orientação aos bolsistas; e, ainda, aos docentes de escolas públicas responsáveis pela supervisão dos licenciandos. Também são repassados recursos de custeio para execução de atividades vinculadas ao projeto.
Outro programa de destaque é Ciências Sem Fronteiras, implantado pelo governo federal e que possibilita ao aluno aprimorar seu conhecimento no exterior. Atualmente, a UEMG tem 150 alunos inscritos no programa, e 50 alunos já foram beneficiados. Segundo Renata Vasconcelos, é de extrema importância o investimento no ensino para ter qualidade na graduação.
Como exemplo, ela cita o investimento de R$ 1,5 milhão nos laboratórios da Faculdade de Engenharia de João Monlevade. “Esses investimentos fazem toda a diferença na qualidade de ensino e na formação do aluno”, ressaltou a pró-reitora de Ensino.
Quanto à pesquisa e à extensão, a universidade está em fase de crescimento, mas ainda há dificuldades. A principal é que metade do corpo docente é constituída por professores temporários. Porém, esse problema será selecionado com concurso para docentes, alguns já realizados e outro já aprovado pelo Governo de Minas Gerais e a ser realizado em breve.
Outro fator que elevará o número de projetos de pesquisa na instituição é a qualificação dos professores, que vem aumentando ano a ano. Atualmente, 18% dos docentes da UEMG são doutores e 44% são mestres. Segundo a pró-reitora Terezinha Gontijo, os números atendem perfeitamente a legislação para produção de projetos de pesquisa e extensão.
Atualmente, a universidade tem 300 projetos aprovados no sistema de bolsas. A UEMG tem dois programas específicos para ajudar na especialização dos professores. Nos últimos quatro anos, foram titulados 70 professores com o auxílio desses projetos de bolsas para mestrado e doutorado. Terezinha Gontijo ressaltou que os professores devem investir na qualificação docente e implantar projetos para que os alunos possam participar em conjunto. “Os estudantes que têm projetos aprovados possuem um diferencial curricular, pois o mercado valoriza exatamente aqueles que têm perfis variados. Com bolsa ou não, o aluno ganha essa capacitação em seu currículo”, disse.
Dados apresentados na mesa redonda mostraram que a unidade de Ubá vem se destacando em aprovação de bolsas. Frutal também apresenta bons resultados, com 4,1% de investimento em projetos de pesquisa. Com relação à extensão, foram aprovados seis programas institucionais de extensão nos últimos tempos, com temáticas que variam desde os direitos da criança e do adolescente até a educação no campo e as relações éticas e raciais.
Por Carla Patricia Soares
Agência INOVA Frutal
SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO
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