Candidatos do Ciência sem Fronteiras que iriam a Portugal podem ir a outros países
08/03/2013
MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASIL - 04/03/2013 - BRASÍLIA, DF
Candidatos ao Programa Ciência sem Fronteiras para estudos em Portugal terão a oportunidade de transferir as inscrições para os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália, o Canadá, a França, a Alemanha, a Itália ou para a Irlanda. Ao todo serão contemplados com a medida 9.691 candidatos que apresentaram pontuação acima de 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), qualificação condizente com os critérios do programa. Não será exigido o nível de proficiência pedido nos editais específicos para os programas.
De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), `não é viável alocar esse elevado número de estudantes nas instituições portuguesas` e informa que as vagas que esses alunos vão ocupar serão negociadas com os parceiros estrangeiros. `Cabe ressaltar que essas novas concessões serão adicionais e ocorrerão sem prejuízo das seleções em andamento das chamadas específicas para esses países`, disse em nota.
Durante seis meses, os estudantes terão aulas do idioma do país de destino, em tempo integral, para que, aqueles que ainda não tenham o nível de proficiência linguística necessário, [tenham] a possibilidade de imersão de forma eficiente e rápida no aprendizado do idioma estrangeiro antes do início do curso`. No caso de países de língua inglesa, será disponibilizada, prioritariamente, senha pessoal de acesso ao curso de inglês online disponível no Portal de Periódicos da Capes.
Segundo a Capes, ainda não está definido o número exato de vagas que serão abertas para Portugal. `A definição depende de um conjunto de variáveis tais como: as áreas e cursos dos candidatos, as instituições estrangeiras de qualidade aptas a receber os estudantes, os calendários acadêmicos, a negociação com os parceiros estrangeiros, a oferta de alojamento e acomodações, bem como o número total de candidatos aprovados`, segundo informou a nota divulgada pela autarquia.
Conforme dados divulgados no fim de 2012, Portugal é o principal destino dos estudantes brasileiros de graduação bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras. Do total de 12.193 alunos incluídos no programa, praticamente 20 % optou por cursar parte do ensino superior em uma instituição lusitana. Entre os motivos para a escolha de Portugal está a inexistência de barreira linguística, uma vez que o país não exige exame de proficiência dos brasileiros.
O Programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 para estimular os interessados que cursam graduação, pós-graduação ou cursos técnicos. Até o final do mês passado, cerca de 18 mil bolsas foram oferecidas, segundo o Ministério da Educação (MEC).
A meta do governo é oferecer 101 mil bolsas de estudo até 2015, até janeiro deste ano, foram oferecidas 22.646, o equivalente a 22,4% da meta. No total, 75 mil serão oferecidas pelo governo federal, as demais terão apoio da iniciativa privada.
A previsão é que as entidades do setor financeiro contribuirão com 6.500 bolsas para o Programa Ciência sem Fronteiras totalizando um investimento de U$S 180,8 milhões, dos quais U$S 18 milhões foram aportados em 2012.
ASSESSORIA DE INTERCAMBIO E RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS
|