SEMINÁRIO P&E | A beleza da diversidade
18/11/2017
Multimídia Agência de Notícias – Curso de Jornalismo da UEMG Unidade Divinópolis
O segundo dia de atividades do 19º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG, realizado na Unidade Divinópolis, contou com diversas apresentações de trabalhos, oficinas, exposições, mesas-redondas e palestras. Uma dessas mesas-redondas foi “Gênero e diversidade em questão: mulheres negras, indígenas, lésbicas”, composta pela professora da Unidade Divinópolis Simone Maria dos Santos, pós-doutora em Demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelas estudantes Amanda Maciel e Nayara Moura, do curso de História da Unidade Divinópolis.
A professora Simone começou falando sobre a mulher negra e explicou que raça, gênero e classe estão correlacionados e, por isso, é necessário ser debatido este tema. Amanda fundou o movimento LGBT na Unidade e explicou a dificuldade que as mulheres lésbicas enfrentam não só dentro da Universidade, mas fora dela. Nayara falou sobre o feminismo no geral e o porquê é importante as mulheres abraçarem a causa.
Estavam presentes alunos e professores de Divinópolis, Carangola, Ubá, Abaeté e Cláudio. Foram envolvidos nos debates assuntos como branquitude, relações de poder, visibilidade, socialização, machismo, estupro e perspectiva ocidental.
Os participantes interagiram bastante com as proponentes da mesa e falaram de suas experiências enquanto filhas, mães, alunas. Letícia da Silva Coelho, estudante do curso de Letras na UEMG Unidade Carangola, contou que gostou muito da mesa-redonda. “Achei muito interessante porque falta muita discussão de prática e teoria no nosso campus, e eu sinto muita falta dessas discussões. Percebi muitos colegas meus de Carangola que ficaram encantados, e foi bom porque agregou conhecimento de causa a todos”, ressaltou Letícia.
Simone dos Santos, aluna do curso de Serviço Social também em Carangola, é carioca e falou da diferença de tratamento com negros no Rio de Janeiro, sua cidade natal, e em Minas Gerais: “No Rio, nós não nos sentimos estranhos – o negro é comum. Já quando cheguei em Minas, parecia ser uma novidade, e nos sentimos como um bichinho dentro de uma caixa, e isso afeta nossas relações”.
Após o encerramento da mesa, vários participantes procuraram a professora Simone para saber mais sobre os assuntos abordados e para agradecer pela troca de experiências que a mesa-redonda proporcionou.
Texto e foto: Ariana Coimbra (estudante do 6º período de Jornalismo – UEMG Unidade Divinópolis)
Orientação: professora Daniela Couto
SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO
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